O médico neurocirurgião Jacinto Lay, que pilotava um avião de pequeno porte que caiu em Teresina, em 8 de setembro deste ano, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). A informação foi confirmada à TV Clube pela família do médico na segunda-feira (7). A manicure Kelliane Pereira, atingida pela aeronave, se recupera em casa e falou pela primeira vez desde o acidente.
Conforme os familiares, o quadro de saúde do médico evoluiu bem durante o fim de semana. Jacinto, de 50 anos, está internado no setor de Unidade Semi-Intensiva, conhecido como semi-UTI. Ele foi transferido do Hospital São Marcos, no Centro de Teresina, dois dias após o acidente, em 10 de setembro.
Na época da internação em Teresina, ele passou por cirurgias devido a um traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas na perna direita. Seu quadro era grave, mas estável. Os médicos esperaram que ele estabilizasse para o levarem, em uma UTI aérea, a São Paulo.
No dia do acidente, Jacinto tentava fazer um pouso na BR-316, no bairro Lourival Parente, Zona Sul da capital piauiense. Ele bateu em uma van de passageiros e uma motocicleta – pilotada pela manicure Kelliane Pereira – e perdeu o controle do avião.
A aeronave rodou na pista e colidiu contra uma estação de ônibus. A parede da estação ainda está manchada pela tinta da fuselagem do avião, e a estrutura de metal que cobre o teto continua amassada pelo impacto da colisão.
As investigações periciais sobre o que teria causado a queda ainda não foram concluídas. O caso está sendo investigado pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos II (Seripa II), sediado em Recife (PE).
A manicure Kelliane Pereira dos Santos, de 27 anos, pilotava a motocicleta atingida pelo avião de pequeno porte do médico Jacinto Lay. Ela foi atingida na cabeça por uma das asas da aeronave e foi internada em estado gravíssimo no mesmo dia do acidente.
A família da manicure gravou um vídeo (veja acima) em que a moça fala pela primeira vez desde o acidente. Ela está acamada, com dificuldades na fala e a mobilidade reduzida, mas demonstra otimismo com sua recuperação, ainda que lenta.
Fonte: G1 PI