A Unimed emitiu um comunicado informando que irá suspender a comercialização de planos de saúde para pessoas físicas, modalidade individual e/ou familiar no Piauí. A medida começou a valer nessa terça-feira (23).
O comunicado foi assinado por Ana Clarice Andrade, gerente de Mercado do sistema Unimed Teresina. Na nota, ela afirma que a medida foi tomada “em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela Diretoria do Sistema Unimed Teresina, com o objetivo de tornar nossas operações mais eficientes e alinhadas com os objetivos estratégicos para o ano de 2024”.
Veja abaixo:
“Prezados,
Vimos através deste documento, informar que realizamos recentemente uma atualização em nosso portfólio de produtos nas operadoras Unimed Teresina e Intermed. Essa atualização foi realizada em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela Diretoria do Sistema Unimed Teresina, com o objetivo de tornar nossas operações mais eficientes e alinhadas com os objetivos estratégicos para o ano de 2024.
Em virtude dessas mudanças, informamos que a comercialização dos produtos no canal pessoa física, modalidade Individual e/ou Familiar, produtos abaixo discriminados, está suspensa de forma imediata a partir de hoje (23/07/2024), sem previsão para restabelecer as vendas para esta modalidade”.
.
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aproximadamente 51 milhões de brasileiros possuem plano de saúde, um crescimento de quase 2% em comparação a 2023. No entanto, nos últimos dez anos, houve uma redução de 90% na oferta de planos individuais e familiares. Em dezembro de 2013, a média de planos disponíveis por município era de 203, mas no ano passado, esse número caiu para apenas 18.
O Sistema Unimed, apesar de ter a maior rede credenciada do Piauí, decidiu encerrar os planos para pessoas físicas, tentando evitar contratações que aumentem a sinistralidade. Essa ação impacta tanto a sociedade, que perde acesso à saúde suplementar, quanto as famílias que dependem desses planos.
Um usuário, que preferiu manter o anonimato, criticou a decisão inesperada, afirmando que centenas de famílias, incluindo colaboradores e parceiros, foram prejudicadas. Ele mencionou que a medida viola a CLT e afeta a remuneração dos trabalhadores, além de prejudicar contratos de parceria. O usuário planeja buscar seus direitos na justiça.
A ANS regula o reajuste máximo para planos individuais, enquanto os planos empresariais podem aumentar os preços livremente. Essa liberdade nos reajustes é uma das razões para a diminuição na oferta de planos individuais, segundo Marina Paullelli, advogada do Idec. O setor alega que a inflação médica e a alta sinistralidade elevam os custos, impactando os reajustes e a oferta dos planos.
Outro lado
Procurada pelo Portal R10, a assessoria de comunicação da Unimed Teresina disse que ia apurar a informação. O espaço segue aberto para esclarecimentos.