José de Freitas, 24 de novembro de 2024

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Inglês é o primeiro homem a receber vacina contra câncer de intestino

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Na última sexta-feira(31/05), o professor universitário Elliot Phebve, de 55 anos, tornou-se o primeiro homem a receber uma vacina contra o câncer de intestino. Esta aplicação faz parte de um ensaio médico que visa testar a eficácia do tratamento na prevenção da recidiva de tumores em pacientes que enfrentaram casos graves da doença. Com informações do Metrópoles

FOTO: REPRODUÇÃO/QEHB/NHS

Elliot foi diagnosticado em 2023 com um tumor de cólon extremamente agressivo, descoberto durante um exame de rotina, apesar da ausência de sintomas. A situação exigiu uma cirurgia de emergência para remover 30 centímetros de seu intestino grosso. Após o procedimento, Elliot passou por quimioterapia até os sinais da doença desaparecerem, momento em que ele se voluntariou para o ensaio clínico da vacina.

“Ser a primeira pessoa do mundo a receber este imunizante foi um divisor de águas na minha vida”, declarou o professor. “Dediquei minha vida a ajudar as pessoas e a ciência e espero que este trabalho ajude a pessoas a não terem que viver o que eu vivi”.

O NHS, sistema de saúde pública inglês, espera que mais de mil pessoas sejam encaminhadas por seus médicos para participar dos testes. A vacina contra o câncer de intestino utiliza tecnologia de mRNA, semelhante à aplicada nas vacinas da Pfizer contra a Covid-19, e segue o sucesso dos recentes testes de uma vacina contra o câncer de pele.

Como funciona a vacina contra o câncer de intestino?

Cada uma das doses é personalizada: o imunizante é feito com as mesmas informações genéticas do tumor da pessoa que foi retirado em uma biópsia. Por isso, ela só pode ser usada em pessoas que já tiveram a doença para evitar a recidiva.

As cópias das células que compõem o imunizante não são células de câncer, mas se parecem com elas em seu formato a ponto de permitir ao corpo estudar melhor o inimigo para não deixar ele passar despercebido caso reapareça.

As vacinas experimentais contra o câncer foram desenvolvidas em conjunto pelas biofarmacêuticas BioNTech (criador da tecnologia junto com a Pfizer) e Genentech, membro do Grupo Roche. Elas ainda estão em testes e devem ser testadas em 10 mil pacientes até 2030.

“Ainda é muito cedo para dizer se estas vacinas terão sucesso, mas estamos extremamente esperançosos. Os dados que temos até agora mostraram um aumento alto da capacidade de defesa do organismo”, afirmou a oncologista Victoria Kunene, investigadora princial do estudo.

As vacinas testadas visam ajudar pacientes com diferentes tipos de tumores e, se forem desenvolvidas e aprovadas com sucesso, poderão se tornar parte dos cuidados padrão contra o câncer.

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