Professores da rede estadual aceitam acordo e encerram greve no Piauí

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Os professores e demais trabalhadores da Educação do Piauí aprovaram nessa quarta-feira (12) a proposta apresentada pelo Governo do Estado e encerraram a greve que durou 17 dias. No entanto, a categoria decidiu manter o ‘Estado de Greve’, com a continuidade de mobilizações, visitas às escolas e ações nas redes sociais, na busca por mais valorização profissional.

A suspensão da greve foi acordada após uma assembleia geral, na qual os trabalhadores aprovaram os termos da proposta discutida com o governo, dentro da Campanha Salarial 2025. A partir desta quinta-feira (13), as atividades educacionais serão retomadas normalmente.

Entre os principais pontos da proposta estão a promoção e progressão de 3.500 servidores da educação, a criação de comissões para discutir o concurso público e o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), além de reajustes salariais tanto para professores quanto para servidores administrativos. Para os administrativos, será aplicado um reajuste de 5,35% a partir de maio de 2025. Já o magistério terá um reajuste com percentuais variando de 6,77% a 10,27%.

A presidente do Sinte-PI, professora Paulina Almeida, reconheceu os avanços nas negociações, mas ressaltou que ainda há desafios pela frente, especialmente com a defasagem salarial de cerca de 65%. “Avaliamos como positiva a campanha salarial, mas acreditamos que os percentuais são insuficientes. Continuamos na luta por mais valorização e o fortalecimento do Plano de Carreira”, afirmou.

Outros representantes regionais também destacaram os resultados. Junior Timóteo, presidente do Núcleo Regional de Canto do Buriti, afirmou que a decisão foi acertada, pois “abriu um canal de diálogo sobre o Plano de Carreira, que facilitará futuras negociações”. Sandra Marília, presidente do Núcleo Regional de Corrente, enfatizou que, embora os avanços ainda não sejam ideais, a greve foi um “instrumento necessário para a busca por direitos”.

Além disso, o Conselho Geral do Sinte-PI se reuniu após a assembleia e avaliou a greve de 17 dias como positiva, destacando que as mobilizações continuarão. As ações em busca da valorização profissional seguirão por meio de campanhas em diversos canais de comunicação, com o objetivo de garantir melhores condições para os trabalhadores da educação básica estadual.

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