Professores da rede municipal de ensino realizaram na manhã desta terça (18) uma assembleia em frente a Câmara Municipal de Teresina e decidiram manter por tempo indeterminadoa greve na rede de ensino.Os educadores cobram um reajuste superior aos 6,5% concedidos pela Prefeitura de Teresina.
O portal entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação sobre a greve, porém não houve resposta aos questionamentos. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Na semana passada o prefeito de Teresina, Silvio Mendes, anunciou um reajuste de 6,50% no piso salarial dos professores da rede municipal de ensino, válido tanto para profissionais ativos quanto para aposentados. O aumento será retroativo a 2 de janeiro.
Para o diretor do Sindserm, Sinésio Soares, o reajuste proposto configuraria uma irregularidade.
“Esse reajuste não corrige o piso. Eu vou lhe dizer porque que está na ilegalidade. Desde 2022 que o piso não está corrigido, tem que ter o cumprimento da lei federal, da lei municipal e do acórdão que determinou isso. No ano passado, como vocês todos descobriram, viram que o Ismael Silva, que é professor de direito constitucional, votou a favor do cumprimento, duas vezes, 15,8%, votou na primeira e votou na segunda vez. E agora, para nossa surpresa, conversou conosco, ele disse que ia dar uma devolutiva e negociar, e a gente se surpreende anunciando na imprensa um reajuste que não contempla o que está na legislação e o que ele próprio votou quando ainda não estava no poder”, afirmou.
Para o dirigente sindical, o aumento no repasse Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica justificaria o aumento.
“No dia seguinte ao reajuste, tínhamos uma assembleia e votamos. A categoria decidiu que entra em greve, que é um recurso que a gente tem dentro da lei, e aproveitar para corrigir outros problemas que existem nas escolas e que têm recurso, porque vocês sabem também que houve um recorde de repasse agora em janeiro, R$ 83 milhões, um recorde histórico, R$ 14 milhões a mais do que janeiro. Do ano passado e é perfeitamente possível cumprir o que determina a legislação, basta negociar”, finalizou.
