A Secretaria da Segurança Pública do Piauí (SSP), por meio do Instituto de Identificação Digital Félix Pacheco, apresentou nessa quarta-feira (23/10) a Prova de Conceito do projeto Identificação Neonatal. A iniciativa visa identificar e emitir a Carteira de Identidade Nacional (CIN) para recém-nascidos ainda na maternidade, utilizando uma nova tecnologia capaz de coletar as digitais dos bebês.
De acordo com a SSP, o processo de identificação nas maternidades busca prevenir casos de sequestro e trocas de bebês, além de assegurar que tanto a mãe quanto o bebê saiam da unidade de saúde com a carteira de identidade, garantindo o direito à cidadania desde o nascimento.
O secretário da Segurança, Chico Lucas, ressaltou a relevância do projeto. “Os recém-nascidos que saíam das maternidades, muitas vezes sem o registro de nascimento, agora, além do registro, vão sair com a Carteira de Identidade, garantindo mais cidadania”, afirmou.
Leianne, mãe de Abner Gael, de apenas 3 dias, a primeira criança do Piauí a ser beneficiada pelo projeto, expressou seu alívio com a segurança proporcionada pela identificação. “Saber que a gente pode contar com essa segurança dá um alívio, saber que ele é meu e eu sou dele”, comentou.
O projeto utiliza tecnologia capaz de capturar as impressões digitais dos recém-nascidos e vincular esses dados de maneira segura aos da mãe, armazenando as informações em uma plataforma específica. Segundo Marcelo Mascarenha, diretor do Instituto de Identificação, a tecnologia garante a rastreabilidade e a segurança dos dados do bebê e da mãe.
Isabel Fonteles, coordenadora do Pacto pelas Crianças, destacou a importância do projeto para garantir que os bebês tenham acesso às políticas públicas de saúde e educação desde os primeiros anos de vida.
O projeto piloto está sendo implementado na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, maior maternidade do estado e referência nacional em saúde neonatal. O objetivo é expandir a iniciativa para outras maternidades do Piauí.
