Com placar de 47 votos SIM a 31 votos NÃO e duas abstenções, o nome do ministro da Justiça, Flávio Dino de Castro e Costa, foi aprovado pelo Plenário do Senado para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal de Federal.
Novo ministro do Supremo, Dino ocupará a cadeira deixada por Rosa Weber, que se aposentou da Corte em setembro. Ele foi indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 27 de novembro.
Quem é Flávio Dino
Dino tem 55 anos, é advogado de formação e foi juiz federal no Maranhão. Ele foi presidente da Associação de Juízes Federais e diretor do IDP, fundado por Gilmar Mendes.
Em 2006, longe da toga, elegeu-se pela primeira vez e chegou à Câmara dos Deputados pelo PCdoB do Maranhão. Também foi presidente da Embratur, no governo de Dilma Rousseff (PT), e governador do Maranhão em dois mandatos, eleito em 2014 e reeleito em reeleito em 2018.
Dino deixou o PCdoB, filiou-se ao PSB e conquistou uma vaga no Senado em 2022. Foi escolhido por Lula para chefiar o Ministério da Justiça em 9 de dezembro do ano passado
Comportamento no STF
Quando questionado, ainda na sabatina realizada pela Comissão de Constituição de Justiça, como lidaria com processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, Flávio Dino respondeu que toga não tem cor e que como ministro da Suprema Corte, atuará de forma diferente do Flávio Dino “político”.
“Não sou inimigo pessoal de rigorosamente ninguém. Eu almocei com Bolsonaro. Foi normal. Tive várias audiências com ele. Qualquer adversário que chegar lá [em processo no STF] terá evidentemente o tratamento que a lei prevê”, disse Dino.