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Diante do aumento nos casos de covid-19 registrado na última semana, o uso de máscara deve voltar a se tornar obrigatório no Piauí. O Comitê de Operações Emergenciais Estadual (COE) vai se reunir na próxima terça-feira (22) para avaliar os dados epidemiológicos dos últimos sete dias e discutir a questão. E expectativa é que já na quarta-feira (23), o Governo baixe decreto voltando a obrigar o uso da máscara em locais públicos abertos.
Vale lembrar que, pelo decreto atualmente em vigor, a máscara continua sendo item obrigatório em locais fechados, transporte público, privado e também em unidades de saúde.
A informação foi compartilhada pela governadora Regina Sousa nesta manhã. “Acho que a máscara vai voltar a ser uma necessidade de novo e terça-feira a gente conversa. Na quarta, pode ter um decreto. Estamos planejando e se continuar o resultado dessa semana como a da outra em que os casos aumentaram três vezes, não tem como não tomar medidas preventivas”, explicou a governadora.
O aumento nos casos de covid-19 no Piauí na última semana foi puxado por Teresina, onde os registros da doença subiram 288% nos últimos dias. Da semana de 30 de outubro a 5 de novembro, a capital piauiense teve aumento de 7% na taxa de positividade dos testes de covid-19.
Os números estão sendo monitorados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) sobretudo a partir da confirmação do primeiro caso da sublinhagem BQ.1 da variante ômicron, na cidade do Rio de Janeiro. A Sesapi faz um apelo para que a população que ainda não atualizou seu esquema vacinal procure os postos de saúde para tomar as doses de reforço.
A Secretaria solicitou ao Ministério da Saúde o envio de mais doses das vacinas contra a covid-19 para imunizar especialmente as crianças. “Temos crianças de três e quatro anos, recebemos doses de maneira insuficiente para as crianças até seis anos. A previsão é receber até o fim do mês doses da Coronavac para 3 e 4 anos, mas ainda há doses insuficientes”, disse o secretário Neris Júnior.
“Ainda não há necessidade de obrigar uso de máscara em Teresina”, diz presidente da FMS
Mesmo com o aumento de 288% nos casos de covid-19 registrado nos últimos dias em Teresina, a capital piauiense não deve tornar obrigatório ainda o retorno do uso da máscara. A informação foi confirmada ao Portalodia.compelo presidente da Fundação Municipal de Saúde, médico Gilberto Albuquerque. De acordo com ele, mesmo com o aumento dos casos, os números de Teresina ainda não exigem essa recomendação.
Um dos fatores que contribuem para isso, segundo Gilberto Albuquerque, é o aumento da procura pela vacina nos postos de saúde, sobretudo com a ampliação do público-alvo para as crianças de seis meses a 3 anos de idade. “Tem aparecido um aumento significativo e estamos vacinando crianças. Adulto primeira dose e segunda dose foi excelente a cobertura. Mas a terceira e quarta dose poderia ser melhor. Então essas pessoas precisam procurar os postos de saúde para se vacinar”, disse Gilberto Albuquerque.
De acordo com os dados do vacinômetro do Ministério da Saúde, 796.281 pessoas tomaram a primeira dose contra a covid em Teresina; 744.008 tomaram a segunda dose e 14.160 teresinenses tomaram a dose única. Os números apontam que 263.473 pessoas na capital piauiense ainda não procuraram os postos de saúde para receber ao menos a primeira dose de reforço.
O número é preocupante porque significa que boa parte da população teresinense não está com esquema vacinal completo e se tornam mais suscetíveis a contrair variantes da covid e transmiti-las de forma mais rápida. “A covid-19 está voltando e estamos em uma situação que inspira cuidado. Temos vacina disponível em todos os postos de saúde e pedimos que a população compareça para completar seus esquemas vacinais para evitar que voltemos ao começo onde as restrições não eram uma recomendação e sim uma obrigação”, finaliza o presidente da FMS.
A FMS informou que caso o Estado torne obrigatório o uso, que deve seguir a mesma orientação.
Onde se vacinar
As vacinas contra a covid-19 estão disponíveis em 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) sem necessidade de agendamento.
Sobre a BQ.1, o gestor disse que se trata de uma variante que deve atuar como todas as outras e que o Piauí deve estar preparado para tomar decisões a respeito do aumento nos casos mantendo a avaliação permanente dos boletins epidemiológicos. “A tendência é aparecer variantes devido à mutação do próprio vírus, mas o Piauí vai estar preparado como sempre esteve”, finaliza Neris Júnior.
Fonte : PORTAL O DIA